Última noite na cidade querida.
Encaixotadas todas as miudezas, embalados todos os móveis, finalizado tudo que fez com que aquela casa fosse minha. O apartamento vazio não tem vida a outros olhos, mas, para mim, ele - que, carinhosamente, me ganhou dia após dia -, de forma singela, é capaz de representar muito.
No começo, a casa era enorme. Depois, vieram os sons e as cores, e ficou tudo aconchegante. E tudo ficou alegre.
Com o apartamento vazio e a última mala na mão, o olhar dos cômodos me dizia muito mais do que eu poderia imaginar no começo. Foram muitas as coisas vividas ali. E foram boas.
Não pude deixar de me sentir saudosa, um pouco triste, um pouco alegre. Saber que vem mais pela frente me faz feliz, mas o apego a uma época maravilhosa deixa o coração um pouco pesado.
Até Dona Orlinda - a minha vizinha velhinha - disse que vai sentir falta dos meus barulhos! Imagina, então, a falta que eu não vou sentir disso tudo...
Mas, em tempo, o Café lá em Casa continua, em novas casas, em novos rumos, em novas aventuras e des-venturas... A Moça de 23 está quase fazendo 24! Santo Deus!
Um comentário:
Olá,
Novas crônicas estão fazendo falta. Por que não escreve mais? Por que deixar se perder o continum desse seu mostrar-se? A falsa-inércia é tentadora e perigosa. Mais ainda que uma tela de tv.
Bjos. Amo você.
Pai
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